Você já imaginou colher 50% a mais de milho por hectare sem aumentar os custos de adubação? Essa é a promessa do novo método de cálculo da calagem, desenvolvido a partir de estudos de campo realizados por instituições de pesquisa brasileiras.
Segundo a Embrapa Milho e Sorgo, o Brasil tem mais de 70% de seus solos com algum grau de acidez. Isso significa que grande parte do potencial produtivo do milho é limitado pelo mau aproveitamento de nutrientes. E o mais preocupante: muitos produtores ainda aplicam calcário de forma padronizada, sem considerar as necessidades específicas do solo.
Esse cenário abre espaço para uma solução que vai além do convencional e pode mudar a produtividade da lavoura.
Por que a calagem é indispensável para o milho?
O milho é uma cultura exigente em nutrientes e com sistema radicular profundo. Quando o solo está ácido, diversos problemas surgem:
- Fósforo indisponível: em solos ácidos, o fósforo se liga ao alumínio e ferro, reduzindo a absorção.
- Toxicidade de alumínio: raízes ficam atrofiadas, dificultando a absorção de água e nutrientes.
- Deficiência de cálcio e magnésio: elementos fundamentais para o crescimento são reduzidos.
- Baixa resposta à adubação: mesmo aplicando fertilizantes, a planta não aproveita de forma plena.
Por isso, a calagem é considerada a base da fertilidade do solo, garantindo condições adequadas para que os insumos aplicados expressem seu máximo efeito.
O que muda com o novo método de cálculo da calagem?
Tradicionalmente, a calagem é feita considerando apenas a neutralização do alumínio e a saturação por bases. Entretanto, esse cálculo muitas vezes não reflete a real necessidade da planta e, como consequência, pode gerar dois cenários indesejados:
- Aplicações insuficientes, que acabam mantendo áreas improdutivas.
- Excesso de calcário, que por sua vez pode desequilibrar nutrientes como o potássio.
Por outro lado, o novo método de cálculo da calagem traz uma visão mais integrada e dinâmica, avaliando não apenas o solo, mas também a demanda real do milho. Assim, três pontos tornam-se centrais:
- Profundidade explorada pelas raízes do milho – dessa forma, o solo é corrigido em camadas mais profundas, permitindo maior absorção de água e nutrientes.
- Equilíbrio entre cálcio e magnésio – nesse caso, evita-se o excesso de um nutriente em relação ao outro, mantendo o balanço adequado.
- Necessidade da planta e não apenas do solo – logo, o ajuste leva em conta a fisiologia do milho, garantindo melhor resposta em produtividade.
Como resultado, em ensaios realizados, áreas tratadas com o novo método apresentaram incrementos significativos, variando entre 30 e 50% na produtividade quando comparadas ao sistema convencional.
Além disso, os benefícios vão muito além do aumento direto na produção, incluindo:
- Elevação de até 50% na produtividade.
- Melhor aproveitamento dos adubos aplicados.
- Redução do desperdício de calcário.
- Correção mais profunda e duradoura do solo.
- Maior sustentabilidade no manejo agrícola.
Em resumo, esse método alia economia e eficiência, transformando diretamente o número de sacas colhidas por hectare.
Exemplo real: Um produtor com média de 120 sacas/ha passou para 180 sacas/ha após aplicar o novo cálculo de calagem no milho. Como consequência, houve um acréscimo de 6.000 sacas em apenas 100 hectares, sem aumento proporcional nos custos de produção.
Qual é o impacto real desse método na produtividade do milho?
O impacto é direto. Em áreas corrigidas com o novo método, os resultados mostram:
- Incremento médio de 30 a 50% na produção.
- Maior estabilidade produtiva, mesmo em anos de déficit hídrico.
- Redução do custo por saca produzida, aumentando a margem de lucro.
Além disso, o milho cultivado em solo corrigido apresenta raízes mais vigorosas, o que proporciona maior resistência ao estresse hídrico. Logo, o benefício não está apenas na quantidade, mas também na qualidade da lavoura.
Vale a pena para pequenas e grandes propriedades?
Sem dúvida. Em pequenas propriedades, o método garante eficiência no uso dos insumos e maior rentabilidade por área cultivada. Já em grandes áreas, o impacto financeiro é ainda mais expressivo, pois cada percentual de ganho representa milhares de sacas adicionais.
Portanto, independentemente do tamanho da lavoura, a aplicação é viável e estratégica.
Portanto a calagem no milho, quando feita com base nesse novo método, deixa de ser apenas uma prática corretiva e passa a ser uma ferramenta de aumento real de produtividade e de rentabilidade.
Produtores que adotam tecnologias de manejo de solo, como esta, tendem a se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Assim, investir em análises de solo detalhadas e aplicar calcário de forma estratégica é o caminho para colher mais e gastar menos.
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Referências
- Embrapa Milho e Sorgo – pesquisas sobre correção da acidez.
- Conab – dados de produtividade no Brasil.
- FAO – diretrizes de manejo sustentável do solo.

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