A ferrugem asiática é uma das doenças mais temidas da cultura da soja. Altamente agressiva, ela pode causar perdas severas na produtividade se não for identificada e controlada corretamente. Logo neste artigo, vamos explicar o que é a ferrugem asiática, quais são seus sintomas, como ocorre sua disseminação e quais estratégias podem ser adotadas no manejo.

O que é a Ferrugem Asiática?
A ferrugem asiática da soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Essa doença afeta as folhas da planta, comprometendo a fotossíntese e acelerando a queda foliar precoce, o que prejudica diretamente o enchimento dos grãos. Assim é considerada uma das doenças mais destrutivas da soja em todo o mundo.
No Brasil, os produtores e técnicos agrícolas registraram sua ocorrência pela primeira vez em 2001 e, desde então, mantêm vigilância constante.
Sintomas da Doença
O principal sintoma da ferrugem asiática são pequenas lesões marrons ou castanho-claras na face inferior das folhas, acompanhadas de estruturas semelhantes a pequenos vulcões (urédias), que liberam esporos do fungo.

À medida que a doença se desenvolve, ocorre a queda prematura das folhas, assim prejudicando o desenvolvimento das vagens e a formação dos grãos. Como o sintoma se parece com outras doenças foliares, é essencial identificá-lo corretamente.
Condições Favoráveis à Disseminação
A ferrugem asiática se espalha com facilidade em ambientes úmidos e com temperaturas entre 18 °C e 26 °C. Chuvas frequentes e orvalho favorecem a germinação dos esporos e a infecção nas folhas da soja.
O vento pode potencializar a movimentação dos esporos, assim facilitando a disseminação da doença por grandes distâncias. Por isso, o monitoramento constante é indispensável, especialmente em épocas de clima mais úmido.
Manejo da Ferrugem Asiática
Controlar a ferrugem asiática exige um manejo integrado e bem planejado. Veja as principais estratégias utilizadas:
1. Calendário de Plantio
Evitar o cultivo de soja fora da janela ideal é fundamental. A semeadura tardia aumenta o risco de exposição da planta à doença em estágios mais sensíveis.
2. Vazio Sanitário
O vazio sanitário consiste em um período sem a presença de plantas de soja no campo, interrompendo o ciclo do fungo e reduzindo a inóculo inicial para a próxima safra. Logo diversos estados brasileiros tornaram essa medida obrigatória, sendo uma das mais eficazes no controle da doença.
3. Monitoramento
A inspeção constante das lavouras permite a detecção precoce da ferrugem. Existem coletores de esporos em várias regiões do país que auxiliam os produtores a acompanhar a pressão da doença.
4. Uso de Fungicidas
A aplicação de fungicidas é uma prática comum no combate à ferrugem, porém é importante seguir as orientações técnicas e utilizar produtos com diferentes modos de ação para evitar o desenvolvimento de resistência do fungo.
A rotação e a combinação de ativos, bem como a aplicação no momento correto (preferencialmente preventivo), são cruciais para a eficácia do controle químico.
Conclusão
A ferrugem asiática representa uma ameaça real à produtividade da soja no Brasil. O sucesso no controle depende da adoção de práticas preventivas, monitoramento constante e uso consciente de defensivos agrícolas. A informação e o planejamento são os melhores aliados do produtor na luta contra essa doença.
Fonte: Artigo original escrito por Eng. Agr. Elcio Jorge Muraro e publicado no Blog da Aegro.

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