No agronegócio moderno, a irrigação é um dos pilares que sustentam a produtividade e a rentabilidade. Entre os diferentes sistemas disponíveis, os pivôs de irrigação se destacam pela eficiência, durabilidade e capacidade de atender grandes áreas. No entanto, escolher o tipo de pivô ideal pode parecer desafiador, especialmente porque cada modelo apresenta vantagens, limitações e custos distintos.
Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de pivôs de irrigação, assim entender como funcionam e descobrir qual é o mais adequado para diferentes culturas, condições de solo e disponibilidade de água. Além disso, serão apresentados dados técnicos de instituições como EMBRAPA e CONAB, reforçando a confiabilidade das informações.
O que é um Pivô de Irrigação?
Antes de detalhar os tipos, é importante compreender o conceito. O pivô de irrigação é um sistema mecanizado, geralmente circular, que distribui água de forma uniforme sobre a lavoura. Dessa maneira, ele ajuda a reduzir perdas, aumenta a eficiência no uso da água e contribui diretamente para a estabilidade da produção agrícola.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), os pivôs estão entre as tecnologias mais eficientes do mundo, chegando a alcançar até 90% de uniformidade na aplicação da água.
Principais Tipos de Pivôs de Irrigação
1. Pivô Central
O pivô central é o modelo mais conhecido e utilizado no Brasil. Ele gira em torno de um ponto fixo, formando um círculo de irrigação.
Área atendida: de 20 a 200 ha por pivô.


Vantagens:
- Alta uniformidade na distribuição da água.
- Adaptável a diversas culturas, como soja, milho e algodão.
- Fácil automação e integração com tecnologias de agricultura de precisão.
Limitações:
- Não cobre áreas retangulares sem deixar bordas secas.
- Requer investimento inicial elevado.
2. Pivô Linear (ou de Translação)
O pivô linear se desloca em linha reta, assim irrigando áreas retangulares. Por isso, ele é uma alternativa interessante para quem possui terrenos planos e bem estruturados.
Área atendida: até 400 ha por equipamento.


Vantagens:
- Melhor aproveitamento da área cultivada.
- Ideal para culturas como trigo, feijão e hortaliças.
- Menor desperdício em comparação ao pivô central.
Limitações:
- Maior complexidade de instalação.
- Dependência de energia constante para movimentação.
3. Mini Pivô
O mini pivô é projetado para pequenas propriedades ou áreas específicas dentro de uma fazenda.
Área atendida: de 2 a 20 ha.


Vantagens:
- Menor custo de aquisição e manutenção.
- Indicado para pastagens intensivas e áreas experimentais.
- Consumo de energia mais baixo.
Limitações:
- Irriga áreas menores.
- Pode não ser viável para grandes culturas comerciais.
4. Pivô Rebocado
O pivô rebocado combina mobilidade e praticidade. Ele pode ser transportado para diferentes talhões, o que torna a irrigação mais flexível.


Vantagens:
- Permite irrigar diferentes áreas sem a necessidade de múltiplas estruturas fixas.
- Reduz custos para propriedades de médio porte.
- Flexibilidade no manejo.
Limitações:
- Exige mão de obra qualificada para movimentação.
- Menor durabilidade se comparado aos modelos fixos.
Custos de implementação por hectare
O investimento em um pivô depende de fatores como tamanho, marca, topografia e disponibilidade hídrica. Nesse sentido, é importante avaliar cada modelo antes da escolha.
- Pivô central convencional: R$ 8.000 a R$ 12.000/ha.
- Mini pivô: R$ 5.000 a R$ 7.000/ha.
- Pivô linear: R$ 10.000 a R$ 15.000/ha.
- Rebocável: custo intermediário, porém com maior gasto de operação.
Segundo a Embrapa, embora o custo inicial seja elevado, o aumento de produtividade pode chegar a 40% em soja e milho irrigados. Assim, o investimento se torna rentável a médio prazo.
Tecnologias complementares aos pivô
Além dos modelos já citados, novas tecnologias vêm sendo incorporadas para aumentar a eficiência. Dessa forma, o produtor consegue otimizar tanto o uso de água quanto os custos de produção.
- Sensores de umidade no solo: permitem irrigação sob demanda e evitam desperdícios.
- Automação e telemetria: possibilitam controlar o pivô via celular ou computador, portanto garantem praticidade.
- Uso de energia solar: reduz custos com eletricidade e aumenta a sustentabilidade.
- Aplicação de fertilizantes (fertirrigação): aumenta a eficiência de nutrientes e, consequentemente, melhora a produtividade.
Em resumo, embora o pivô exija investimento inicial, o uso de tecnologias complementares amplia a eficiência e reduz os riscos, logo tornando o sistema cada vez mais competitivo.
Como Escolher o Melhor Pivô de Irrigação
A escolha depende de diversos fatores. Portanto, antes de investir, considere:
- Área disponível: se for circular, o pivô central pode ser ideal; já para áreas retangulares, o linear é mais indicado.
- Tipo de cultura: grãos e fibras costumam se adaptar melhor ao pivô central, enquanto hortaliças podem exigir sistemas lineares.
- Disponibilidade de água: em regiões com maior escassez, sistemas com automação e sensores são mais vantajosos.
- Custo de investimento: o preço por hectare pode variar de R$ 8.000 a R$ 15.000, conforme dados da CONAB (2024).
Além disso, é fundamental analisar a topografia da área, a qualidade da água e a disponibilidade de energia elétrica.
Vantagens do Uso de Pivôs de Irrigação
Os pivôs proporcionam ganhos que vão além da produtividade. Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Aumento da eficiência hídrica – uso racional da água.
- Maior estabilidade da produção – reduz impactos da estiagem.
- Flexibilidade de manejo – permite irrigar culturas diversas.
- Integração com agricultura de precisão – sensores, drones e softwares otimizam a operação.
O Futuro da Irrigação com Pivôs
O setor caminha cada vez mais para a automação. Assim, os pivôs modernos já contam com tecnologias inteligentes, como sensores de umidade, integração via satélite e controle remoto por aplicativos.
Segundo a EMBRAPA, propriedades que adotam sistemas de irrigação inteligentes podem reduzir em até 25% o consumo de água e aumentar a produtividade em até 30%. Dessa forma, fica claro que a irrigação do futuro será mais eficiente, sustentável e alinhada às demandas do agronegócio brasileiro.
Conclusão
Em resumo, entender os tipos de pivôs de irrigação é essencial para que produtores façam escolhas assertivas, maximizem resultados e utilizem os recursos de forma eficiente. Assim seja um pivô central, linear, mini pivô ou rebocado, cada sistema tem papel importante dentro do agronegócio.

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